domingo, 13 de junho de 2010

Namorar

Namorar, para seguir de mãos dadas e projetar no futuro o presente.

Para se sentir acompanhada mesmo quando o outro está ausente.

Para encontrar no amor sua casa.

Para ter em si o aconchego que é estar tão na-morada.

Namorar, para desenhar sentido na rotina e descobrir no verso seu inverso ou sua rima.



(Marla de Queiroz)

Mais um filme lindo

Infinitamente amor

Que não somente ontem, mas hoje e amanhã e depois e infinitamente seja dia dos namorados.







terça-feira, 1 de junho de 2010

Delicadeza de Louise Bourgeois

Trechos que amei do livro Louise Bourgeois – destruição do pai, reconstrução do pai (tirados do blog da Cosac Naify):

“Meu trabalho inicial é o medo de cair. Depois se tornou a arte de cair. Como cair sem se machucar. Mais tarde é a arte de se manter no ar.”

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“Quando eu estava crescendo, todas as mulheres em minha casa usavam agulhas. Sempre tive fascínio pela agulha, o poder mágico da agulha. A agulha é usada para consertar os danos. É um pedido de perdão. Nunca é agressiva, não é uma ponta perfurante.”

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“A espiral é uma tentativa de controlar o caos. Tem duas direções. Onde você se coloca, na periferia ou no vórtice? Começar pelo lado externo é o medo de perder o controle; as voltas são um aperto, um recuo, uma compactação até o ponto de desaparecimento. Começar pelo centro é afirmação, o movimento para fora é a representação de dar, de abandonar o controle; de confiança, de energia positiva, a própria vida.”

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“Eu preciso de minhas memórias. Elas são meus documentos. Eu as vigio. São minha privacidade e tenho um ciúme intenso delas. [...] Lembrar-se e devanear é negativo. É preciso diferenciar entre as lembranças. Você vai na direção delas ou elas vêm em sua direção? Se vai a elas, está perdendo tempo. A saudade não é produtiva. Se elas vêm a você, são as sementes da escultura.”

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“Minha mãe ficava sentada ao sol e consertava uma tapeçaria ou bordava. Realmente adorava isso. O sentido de restauração me é muito caro.”


Um dos filmes mais lindos que já vi